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domingo, 26 de outubro de 2014


Regresso...

   Hoje decidi regressar a este espaço, que começou por ser uma experiência quase forçada...
  
   Fui de férias e dei férias também ao blog!

   Entretanto, ainda pensei que no início do ano letivo poderia iniciar um projeto de leitura, com os novos alunos, mas tal não aconteceu. Há dias muito cansativos... quando chega a noite, só me apetece fechar os olhos e não pensar em mais nada! Por isso, aos poucos, fui desistindo.

   Mas hoje houve um «click» que ainda não percebi muito bem. Surgiu na sequência de uma composição maravilhosa que já não ouvia há algum tempo (Gabriel Fauré, Pavane, op.50) e que surgiu acompanhada de algumas obras de Claude Monet.

   De repente, lembrei-me do blog, do que posso partilhar com os meus alunos. 
Literatura, música, pintura, entre tantas outras coisas... 
   Aqui, também vou ajudá-los a crescer, rasgar-lhes novos horizontes, fazê-los sair dos espartilhos dos programas, das metas, de tudo aquilo que lhes formata o cérebro, (para serem iguais a todos os outros, como naquele filme dos Pink Floid...)!
   Não, isso não! Não me peçam para os deixar em paz, quando há tanto para descobrir.

   Vamos lá! Vamos começar por aqui: neste blog, já estão umas coisitas para ler, ver e ouvir. Principalmente para refletir!

   Por agora, deixo-vos com Fauré e Monet!...

domingo, 29 de junho de 2014

Erik Satie

   Pouco conhecido? Então aqui está uma boa oportunidade para deixar de o ser. E se calhar não é tão desconhecido assim... Experimente ouvir a proposta que lhe deixo!


Erik Satie (1866-1925)





                 Gymnopédie nº1

Débussy


   Para descontrair, nada melhor do que um trecho fenomenal de tão simples... Clair de Lune! A acompanhá-lo A noite estrelada (1889), de Vincent Van Gogh.

 
Debussy, Claude (1862-1918) 
 


Sorolla e a luz!

   O sol ganha um novo brilho e os brancos são tão intensos que parecem quase ferir!
   São imagens que nos prendem a respiração de tão reais...
   É ele, o Pintor da Luz!

Sorolla y Bastida, Joaquín (1863-1923)

Joaquín Sorolla, Paseo a orillas del mar


Joaquín Sorolla, Niños en la playa


Joaquín Sorolla, Mediodía en una playa de Valencia


Joaquín Sorolla, La siesta
Quer ver mais? Visite o site do Museo Sorolla ou então vá até Madrid para o ver mesmo! Garanto que vai adorar!

Impressionistas...

   Os olhos até podem ser o espelho da alma, mas é através deles que as mais belas imagens penetram em nós, nos adoçam a alma e nos embalam o espírito...

   Quem poderá resistir?... Aqui fica um dos meus pintores preferidos!

Monet, Claude (1840-1926)
Claude Monet, Le pont de Charing Cross


Claude Monet, La cabane à Trouville, marée basse

Claude Monet, Les nymphéas (détail)
Claude Monet, Les nymphéas (détail)


 
Claude Monet, Les nymphéas (détail)


  















Claude Monet, Les nymphéas

Claude Monet, Les nymphéas













Claude Monet, Les nymphéas


Claude Monet, Les nymphéas

Estes painéis maravilhosos com nenúfares podem ser vistos no Musée de l'Orangerie, em Paris.
 
 

Mais uma vez... Sophia e a sua obra!

   Para encerrar (apenas por agora!) o capítulo «Sophia de Mello Breyner», escolhi alguns poemas para acompanhar uma panorâmica da sua obra.

Liberdade

O poema é
A liberdade

Um poema não se programa
Porém a disciplina
— Sílaba por sílaba —
O acompanha

Sílaba por sílaba
O poema emerge
— Como se os deuses o dessem
O fazemos

Sophia de Mello Breyner Andresen,
 in "O Nome das Coisas"






Apesar das Ruínas

Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.

Sophia de Mello Breyner Andresen,

in 'Antologia Poética'





Quando

Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.

Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.

Será o mesmo brilho, a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.

Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Dia do Mar'